Confiança e cumplicidade


Reflexões pairam sobre minha cabeça, momento reflexivo que me faz suspirar... respiração profunda. Ando pensando muito numa questão específica... a tal da bendita confiança, sem deixar pra trás a amiga cumplicidade.


Acho que os dias andam negros para todas as pessoas. Hoje é difícil vermos uma lealdade entre os seres humanos que na verdade, andam se "entocando" em suas conchinhas, protegendo seus corpinhos "moles e indefesos" em uma armandura impenetrável. O problema nisso tudo, ao meu ver, é que a gente deixa a entrega de lado - e as olhadas pro próprio umbigo "comem frouxo", sem hesitação. E eu me pergunto diariamente: "Onde está a tal entrega que todo mundo busca?", "Que entrega é essa?" Bom, sem um denominador comum, eu tiro minhas próprias conclusões. Tem tanto medo rondando por aí, um medo inexplicável. Medo de se deixar levar por algo ou alguém e no fim achar que ficou vulnerável, indefeso, com medo das lágrimas do sofrimento. Só que o que não percebemos é que, querendo ou não, sofreremos da mesma maneira, escondendo os reais sentimentos ou não. Se nos deixamos declarar e expôr nossos sinceros votos de felicidade e sentimentos por alguém, corremos o risco de acabar com o "C.. na mão", se não for assim, sofreremos por guardar tudo, por querer expôr isso tudo a alguém e não conseguir por puro medo e ego. É como se você tivesse uma jóia. Mas o que adianta ter uma jóia se não a usa, se a deixa dentro da caixa? Ninguém poderá ver, admirar e principalmente valorizar. E aí "meu nêgo", de quê adianta?

A cumplicidade vem logo em seguida, bem atrás da confiança. Se você confia, consegue ser cúmplice da confiança do outro, afinal a conchinha se abriu e mostrou a jóia, isso causa um efeito no outro onde também tem condições de deixar a casquinha no chão e mostrar a sua jóia. Cumplicidade é saber dividir os mais infinitos sentimentos, tanto de raiva quanto de amor, amizade e desolações. Quando sabemos que podemos falar sobre o que estamos sentindo a alguém é tão bom, tira o peso das costas, a aflição do coração e a angústia que te deixava chorando naquelas noites em que tudo parecia terrível, frio e escuro.
O que mais dizer? Acho que não precisa.


Deixo com vocês a reflexão

... e os comentários.




Tsering!

5 comentários:

Mario! disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mario! disse...

Agora sim, com mais clareza:
Confiança abre uma fresta na concha para que o outro possa ver lá dentro a jóia. Não é preciso escancarar a concha. Mas também não precisa ficar trancafiada, escondida. Um caminho do meio para o amor de verdade. Cada um com sua concha meio-aberta e sua jóia lá dentro; um podendo ver e sentir o outro como cúmplices. Afinal, cumplicidade é saber dividir os mais infinitos sentimentos.
Bjo

rita disse...

É isso; não tem jeito, ou agente vai aos pouquinhos sentindo e acreditando nos nossos fellings e correndo riscos de se es borrachar (OU NÃO), assim como tudo na vida. Ou passar em branco com nossos medos e sofrer da mesma forma.Então amigo tô no clube dos que abrirão a conchinha e tô pagando pra ver, sentir, amar,me emocionar,sofrer,chorar,sorrir...

Padma Lodrön disse...

Primeiro devo dizer que adorei seu reloginho. E funciona! Sei lá, Tsering. Não sei sua idade, mas a minha já vai longe. e acho que depois de muita vida vivda a gente meio que deixa de lado umas reflexões e mete a cara mesmo porque sabe que não tem saída. Somos todos cúmplices e confiamos em todos. Muitas vezes, lemos nos olhos das pessoas e nem é preciso falar. A cumplicidade e a confiança já se instalaram. Em janeiro te conheço pessoalmente. Ana Carmen.

Padma Lodrön disse...

Injusto eu saber do seu blog e você não saber do meu: http://pemalodro.blogspot.com