Leve como uma brisa no fim de tarde

Depois de um longo período "off" devido a alguns eventos e também de um retiro, finalmente consegui retomar as atividades do Garuda. Enfim, vamos ao trabalho.
Nesse tempo fora do ar, comecei a perceber as coisas de uma forma mais minimalista, microscópica, filtrada. Nesse pensamento, tudo pareceu ser tão fino e rarefeito, mas como vivemos em meio ao caos e a turbulência, vemos tudo como sendo difícil, denso e complicado.
Qualquer conversa mais intensa acaba sendo motivo para um campo de batalha. Ficamos cegos perante a "realidade" que surge, vemos apenas o que nos convém e não o que realmente está ali.
Tudo poderia ser como uma leve e suave brisa no fim da tarde, mas não é. Será que não vale a pena apenas abaixar as armas e os escudos e deixar esta brisa nos tocar e nos fazer sentir no mais íntimo?
Você não sente às vezes em uma conversa que quando alguém fala algo que te desce atravessado pela garganta, você fica palpitando de raiva por dentro, louco para dar aquela respostinha que já ficou prontinha na ponta da língua? Isso quando a resposta já não escapou por entre os lábios. Pois então, ao invés de deixarmos a tal crítica ou conversa de lado e vê-la como algo fino e rarefeito, com certeza a densidade da discussão não aconteceria.
O problema é que a gente só percebe que as coisas são belas e simples quando estamos dando uma volta a beira-mar olhando o pôr-do-sol e não nas atividades normais de cada dia ou na convivência diária com outros seres humanos.
O que falar mais? Sei lá, estou tentando sentir o frescor desta tal brisa enquanto escrevo.
Tente você também.


Tsering!

2 comentários:

Padma Lodrön disse...

Oi, Tsering! Acho que todo mundo teve sua experiência pós retiro. Eu tive a minha e em alguns pontos foi muito parecida com a sua. Só uma diferença. Você ainda está aí. Eu não queria, mas voltei para Belo Horizonte.

Andréa Cocolichio disse...

Oi meu amore. Tento enxergar a vida assim o máximo que posso. A gente complica muito né? Me parece que fomos doutrinados a pensar assim. Sorte dos que percebem e buscam a diferença. Ah se tudo fosse assim. Seríamos muito mais felizes, mais compreendidos por nós mesmos. Super abraço. saudade!